Dizer que escrever uma tese é um trabalho solitário é repetitivo e óbvio, mesmo assim quem passa por isso, invariavelmente sente essa solidão em algum ponto e tende a expressar isso, seja em palavras, seja em formas outras. Eu e minha tese temos caminhado juntas já há algum tempo e, a excessão da minha supervisora e dos membros da banca do upgrade (Julho/09), tem sido uma caminhada só nossa. Chegando aos dias finais dessa jornada torna-se mais e mais urgente que outros olhos vejam oq ue meus olhos já nem conseguem mais discernir. Por isso, escolhi um capítulo que estava já aprovado pela minha supervisora como sendo um esboço final (o estagio em que a tese será encamiknhada para exame) e fiz cópias para três pessoas que me são muito caras e raras.
Ontem, uma delas me deu de presente suas considerações sobre o texto. Para além da magia de sua arte de reduzir palavras que esbanjam na minha prpolixidade, ela também fez correções gramaticais e textuais. Sua varinha mágica trouxe nova luz aos parágrafos já gastos pelos meus olhos cansados de os ler. Reeencontrei minha linda Belise (a do texto) e senti tanta alegria ao pereceber que maroca, minha amigona, já quer bem a minha Belise e que a Belise real, a inspiração para esse nome, hoje em dia fala comigo não apenas nas memórias de sua meninice, mas nas palavras de sua idade adulta e profissional. Reencontrei as duas Belises e ambas me reconciliam com meu texto, que renasceu do olhar cuidadoso da querida Kalina.
Ainda não fiz os cálculos matemáticos do quanto esse novo olhar trouxe melhorias ao texto no sentiudo de síntese e precisão. Mas já calculei o inclaculável valor que esse olhar trouxe ao meu dia ontem e que continua bem aqui, pertinho de mim, dando-me ânimo para continuar, apesar de haver dores no meio das delícias de ser o que se é. Kalina viajou para além do tempo e do espaço comigo e sem mim. Foi longe, visitou mundos, trocou olhares com meu passado, aprendeu, ensinou, voltou e me abraçou com aquele seu abraço único e abençoado. Obrigada, maroca.
Nota: Hoje tem MONSTRA feiramassa!! Detalhes no post anterior
4 comments:
oh, que lindo!!!!
porumeno consegui um post :-)
dias e mais dias que eu vinha aqui no blog aa cata de uma reflexao, um delirio, um sonho que fosse, e cumade divulgando evento. com todo respeito... senti falta de voce, nessa sua contagem regressiva de tempo.
nao eh regressiva, mas eh de selar uma fase, pra mudar pra outras, sendo outra pessoa. e mais nao falo porque nao vou nem dizer nada de Belise, a moca da brisa feliz.
foi um luxo ler seu fantastico trabalho, nene.
to aqui, nos duas podendo, no seu calendario, e no meu, eu leio mais capitulos, com prazer. e assim vamos.
esse ponto do olhar outro na escrita academica eh um momento muito rico. mesmo se o leitor nao tiver familiaridade com o tema, nao for da area, nao souber muito de quase nada que ta ali, ele vai sem duvida apreciar apontando passagens que ficaram dormindo ao longo do caminho. algumas dessas passagens podem ser lindamente retomadas, e esse eh o caminho dos trilhos.
abraco grande minha fia
Eita da vontade de usar isso em algum canto:
"foi um luxo ler seu fantastico trabalho, nene" (Lima, 2010, p.1) hehehe
Fantastico: Que se refere à imaginação. / Quimérico, criado pela ficção. / Incrível, extraordinário, invulgar, excepcional.
Claro que a amiga Kalina acertou em cheio. Encantada, ao ouvir por cerca de duas horas, durante o trajeto Southampton-London, a apresentacao do fantastico trabalho de Hilra, com direito a brilho nos olhos e tudo, me deixei levar pela rua de mao dupla por onde transitamos mundo real e ficcional afora, seguindo linhas muito bem definidas de pensamento. Ainda guardo em minha mente a representacao da imagem corporal, ilustradas pelos alunos, no mais genuino estilo Picasso em sua fase cubista. Ao meu ver as mesmas dispensariam o capitulo final da tese, das cosideracoes gerais e conclusoes, e seriam todas dispostas em uma grande exposicao no National Gallery of Art em London, onde pesquisador e pesquisados, sem mais nada a dizer e/ou explicar, seriam aplaudidos de pe pelos transeuntes, amigos e convidados, fazendo jus ao incrível, extraordinário, invulgar, excepcional trabalho apresentado.
Claro que eu estaria la, assim como Monet, Van Gogh, Renoir, Mafalda, Pollyanna, Kalina, Regina, Cesse... e todos os personagens dessa fantastica menina chamada Belise, digo Hilra.
Coisa mais linda. Fico sem palavras, so saboreando as suas. Te amo!
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